quarta-feira, 13 de junho de 2007

ÁRBITROS PREPARADOS PARA IMPUGNAR CLASSIFICAÇÕES

Carlos Duarte, árbitro do Porto e um dos quatro que subiram na época passada, vai apresentar uma exposição ao Plenário de Arbitragem, remetendo a mesma para Carlos Carvalho, presidente do Conselho de Arbitragem (CA) da AF Porto, denunciando irregularidades cometidas pela CA da Liga. O pedido de impugnação das classificações relativas a 2006/07, que serão decididas amanhã à tarde em Plenário, seguirá depois para o Conselho de Justiça da FPF. No Plenário, que ratifica as denominadas tabelas de todos os agentes da arbitragem (árbitros, assistentes e observadores), participam o CA da FPF, presidido por Carlos Esteves, e a CA da Liga, liderada por Vítor Pereira.
Ao que O JOGO apurou, Carlos Duarte é um dos três árbitros que vão descer de categoria (os outros dois poderão ser o algarvio Nuno Almeida e o vila-realense Rui Silva, tudo dependendo das diferenças de décimas que os separa dos lisboetas Hugo Miguel e Hélio Santos) e, antes que sejam públicas as classificações, o árbitro do Porto terá entendido apresentar matéria que considera suficiente para impugnar as classificações.
O primeiro argumento reside na falta de habilitações de três observadores para exercer o cargo. Carlos Matos, ex-assistente internacional e instrutor da UEFA (tal como também é Vítor Pereira), fez observações quando não está habilitado para tanto, atendendo a que apenas está credenciado para ser observador de II categoria; apesar de estar a colaborar com a Comissão de Arbitragem desde o tempo de José Luís Tavares - responsável por aquele órgão da CD da Liga antes de Luís Guilherme, antecessor de Vítor Pereira -, Amorim Silva nem sequer tem essa mesma habilitação. A este lote de argumentos, acrescentar-se-á também o nome de José Pratas que, embora sendo assessor da Comissão Técnica, cumpriu a função de observador em alguns jogos dos campeonatos profissionais.
O outro argumento relaciona-se com a realização dos dois testes teóricos. Para além de ser anti-regulamentar foram verificadas várias irregularidades. Um árbitro internacional fez o teste no segundo dia do curso de Viseu, realizado em Abril, tendo conhecimento no dia anterior do teor das perguntas, facto admitido entre colegas, tendo a CA validado o mesmo. E, mais ainda, Vítor Pereira terá chamado "batoteiros" a Carlos Duarte e a Olegário Benquerença por alegadamente estarem a conversar, uma acusação que terá motivado a reacção colectiva dos árbitros e assistentes, levantando-se estes em uníssono, questionando o presidente da CA da Liga que tipo de atitude era aquela. Não tendo sido anulados os testes, foi decidido repeti-los mais tarde (no Porto, Leiria e Lisboa), não tendo Olegário Benquerença e Carlos Duarte acesso ao primeiros testes realizados, ao contrário do que aconteceu com os restantes.

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