terça-feira, 9 de outubro de 2007

LANÇAMENTO DE BOLA AO SOLO

Nos últimos dois jogos do Sporting na Liga, aconteceram duas interrupções em que o jogo foi recomeçado com o lançamento de bola ao solo. Em Alvalade, Jorge de Sousa viu Nilson com a bola agarrada queixar-se de uma lesão. Para que o guarda-redes não retivesse a bola em seu poder mais de seis segundos interrompeu o jogo. Competente e cumpridor das leis, reiniciou o jogo com lançamento de bola ao solo. No Estádio da Luz, Gabínio Evaristo, com a bandeirola e não só, fez sinal a Pedro Henriques, que interrompeu o jogo.
O que dizem as Leis do Jogo, emanadas pelo International Board e rectificadas pela FIFA, e não um qualquer comunicado de quem dirige a arbitragem nacional, sobre este tipo de situações. Uma das alíneas da Lei 5 (O Árbitro) diz que o juiz deve intervir sob indicação dos seus árbitros assistentes no que respeita a incidentes que ele próprio não pode constatar. Já a Lei 6 (Árbitros Assistentes) ressalva que estes têm por missão assinalar quando forem cometidas faltas em que estejam mais perto da acção que o árbitro (incluindo, excepcionalmente, faltas cometidas na área de grande penalidade). As Leis do Jogo esclarecem ainda que o árbitro só pode revogar uma decisão se ele verifica ser incorrecta ou por aviso do árbitro assistente, desde que o jogo não tenha ainda recomeçado ou terminado. Em caso de ingerência ou de comportamento incorrecto de um árbitro assistente, o árbitro demiti-lo-á das suas funções e fará um relatório às entidades competentes. Pedro Henriques baseou a sua decisão nestes dois últimos parágrafos. O observador da Liga acabou por pontuá-lo com uma das melhores notas da época e Gabínio Evaristo também teve que aceitar a decisão do chefe de equipa.

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