sexta-feira, 14 de setembro de 2007

“VAMOS FALAR DE ARBITRAGEM”

O Núcleo de Árbitros da Costa Verde, sedeado na Póvoa, e a Associação de Futebol da Póvoa de Varzim, organizadora do Campeonato de Futebol Inter freguesias, levaram a efeito uma palestra sobre arbitragem, onde se abordaram as últimas alterações aprovadas para esta temporada. Foi moderador José Ribeiro, presidente do Núcleo poveiro e observador de árbitros da Liga Portuguesa de Futebol profissional, que explicou as dúvidas levantadas pelas dezenas de árbitros do referido campeonato.
José Ribeiro mostrou-se satisfeito por mais esta reciclagem, embora muito ficasse por abordar. "Aflorou-se um pouco das novas alterações às Leis de Jogo. Falamos dos takles, as entradas de carrinho, as cotoveladas e o uso indevido dos braços. É evidente que haviam muitas outras situações para falar, porque a arbitragem não se esgota numa sessão. Esta é uma acção contínua de formação e é pena que estas iniciativas não se façam mais vezes. É que o Inter Freguesias precisa destes encontros, pois só assim sai valorizado para que os jogos corram de outra forma".
Sobre os mais recentes casos que se prendem com os atrasos de bola para o guarda-redes, Ribeiro explicou que "a questão não foi falada". "Esta sessão centrou-se na apresentação de trabalhos feitos. Os árbitros presentes tiveram o privilégio de verem o que é feito na Liga Profissional, portanto, o Inter Freguesias está à frente de todos os outros campeonatos. Os árbitros da Póvoa demonstraram mais uma vez que gostam de arbitragem e numa sala cheia, as questões levantadas foram esclarecidas. Essas questões incidiram mais no fora-de-jogo e nas situações em que o jogador deve ou não ser punido".
Sobre a verdadeira função do Núcleo, José Ribeiro esclareceu que "está destinado para a formação" e, por isso, lembra que tem trazido "muito material para mostrar aos árbitros". "Desde que a Comissão Organizadora do Inter Freguesias esteja interessada em organizar mais vezes estes encontros, estaremos disponíveis".
Ainda sobre o desempenho de quem dirige uma partida de futebol, Ribeiro destaca o nível destes árbitros e ao facto de não haver "segurança, nem policiamento". "Este grupo tem que ter muita coragem para ir para dentro de um campo e arbitrar um jogo sem esses requisitos, o que não acontece a nível nacional. É, de facto, uma aventura".

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