sexta-feira, 15 de junho de 2007

PEDRO PROENÇA É O NUMERO UM!!!

Pedro Proença, reconhecido hoje como o melhor árbitro português na época 2006/07, acredita que a profissionalização do sector vai contribuir para uma maior credibilização dos juízes, sem abdicar das suas convicções benfiquistas.
"Basta de falta de seriedade intelectual. Sou árbitro, mas não deixei as convicções políticas, religiosas e, claro, clubísticas. O Pedro Henriques é sportinguista, toda a gente tem um clube. Dizer que não se tem ou que se é do Carcavelinhos é enganar as pessoas. Acho que todos deviam assumir", disse Pedro Proença à agência Lusa.
Assumindo a sua condição de sócio do Benfica, o árbitro afasta qualquer cenário de dúvida em relação às suas actuações quando apita jogos do clube da Luz "porque quando no exercício das funções, as convicções são postas de parte e a causa é, exclusivamente, a arbitragem".
Aos 36 anos, o lisboeta, director-financeiro de uma empresa de gestão de resíduos, treina diariamente "cerca de hora e meia", após o trabalho, algo que considera "muito difícil", apenas descansando aos sábados, antes dos encontros, por norma disputados ao domingo.
"Estou crente no projecto (de profissionalização da arbitragem) liderado por Hermínio Loureiro e Vítor Pereira", respectivamente, presidentes da Liga e da Comissão de Arbitragem daquele organismo, "pois os árbitros têm que possuir melhores condições para terem melhores prestações", defendeu Proença.
Sobre as suspeitas de corrupção no sector, Proença afirma "nunca" ter assistido a alguma coisa suspeita, até porque, "independentemente de reconhecer erros de julgamento", considera ter "um capital de seriedade" que impede abordagens menos correctas por parte de alguém mal-intencionado.
"De forma geral, acredito muito neste meu mundo. Conheço as pessoas, mas, como em todas as actividades, pode haver algumas maçãs podres. Estes desenvolvimentos deixam toda a gente de bem e que acredita na justiça mais tranquila, sabendo que as coisas avançam", disse, referindo-se aos processos do "Apito Dourado".
Proença ressalva, contudo, que "qualquer cidadão é inocente até prova em contrário", desejando apenas a "celeridade" dos processos e que "os inocentes sejam inocentados e os culpados culpabilizados para maior credibilização do futebol".
O árbitro, a exercer desde 1988/89 e na primeira categoria há sete anos, já foi o melhor classificado noutras duas ocasiões e é internacional há cinco temporadas, tendo conseguido em 2006/07 uma pontuação de 9,863, dirigindo 13 encontros da Liga principal e 10 da Liga de Honra, enquanto Lucílio Baptista, segundo classificado, obteve 9,808.
"Estou absolutamente lisonjeado, mas tenho a noção de sou apenas um rosto de um trabalho colectivo e que qualquer outro colega, que tivesse tido esta estrelinha da sorte, teria todo o valor por estar nesta posição", reconheceu, elogiando os seus assistentes Tiago Trigo, Ricardo Santos, Pedro Garcia e José Lima.
Pedro Proença destacou como momentos altos da época as suas designações para os jogos Sporting-FC Porto e Benfica-FC Porto, além de outras actuações, mas sobretudo a nomeação para a sua primeira final da Taça de Portugal (Belenenses-Sporting), no Estádio Nacional, onde caiu "uns 20 lanços de escada", já depois de receber na tribuna a medalha de participação.

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