quarta-feira, 27 de junho de 2007

ARBITRAGEM ALGARVIA PERDE REPRESENTATIVIDADE A NIVEL NACIONAL

A arbitragem algarvia, no rescaldo à temporada 2006/2007, viveu, senão a mais negra, pelo menos uma das mais nebulosas fases da sua história.
Do Regional para o Nacional não caminha nenhum árbitro e, com a descida de Nuno Almeida à 2ª Categoria Nacional, o Algarve deixa de estar representado na Liga Profissional. As penalizações são muitas, registando-se, no que aos árbitros diz respeito, três descidas e apenas uma promoção, a de Paulo Filipe da 3ª à 2ª Categoria, de resto um regresso do juiz de Portimão a um patamar onde já militou há quatro épocas. Nos árbitros assistentes, vulgarmente conhecidos como fiscais de linha, Filipe Pereira, o único algarvio na Liga, também desceu. Quanto aos observadores da 2ª Categoria, as ascensões de Natálio Silva e Andrelino Pena não compensam as despromoções de José Augusto Almeida, Fernando Mendes e Manuel Montes. Convidado a fazer um balanço à época, o presidente do Conselho de Arbitragem António Coelho Matos não conseguiu esconder o seu desencanto, sendo notória a falta de palavras para explicar o sucedido. «O Algarve tem bons árbitros e, quem acompanha regularmente os jogos na televisão, apreciou que o nosso árbitro Nuno Almeida não teve desempenhos que justificassem esta descida. Houve mais e piores arbitragens de outros que não o nosso árbitro». «A única explicação que encontro não tem nada a ver com a qualidade dos nossos árbitros, mas muito provavelmente com a conjuntura nacional em termos económicos e que já atingiu o futebol», acrescentou António Matos, em entrevista ao «barlavento». «A situação geográfica da nossa região não favorece os árbitros. Quer queiramos quer não, é acima do Tejo que está a maior força e, para chegar ou sair do Algarve, há um espaço grande a percorrer, o que aumenta os custos. Se a carga financeira puder ser aliviada, acredito que esta seja uma boa opção, reduzir custos a partir do Algarve», acrescentou o líder da arbitragem algarvia, lembrando que o trabalho desenvolvido junto da arbitragem na região «é igual ao empenhamento das demais associações», por isso, avança, «sentimo-nos prejudicados com estes resultados».Se a nível nacional o Algarve deu um passo atrás, no que concerne ao regional as nuvens continuam negras. João Valentim, o primeiro classificado, não atingiu os mínimos para ascender ao nacional, Sérgio Piscarreta, o suplente, não entrou em nenhuma das vagas e, no futsal, Ruben Guerreiro, 14º nas provas, aguarda por vaga para integrar o quadro nacional. A finalizar, Jorge Nunes, primeiro nos árbitros assistentes, vai continuar no regional.

2 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

São dois conselhos de arbitragem que perdem força a olhos vistos. Porquê ? Não me perguntem. Esta, é de facto, a grande realidade.
Deixo aqui o desafio aos entendidos na matéria para que me expliquem os motivos desta perda de influencias, neste caso do Cons. de Arbitragem de Évora.
Obrigado.

27 de junho de 2007 às 14:33  
Anonymous Anônimo disse...

Algarve, Beja e Évora.
Outrora tantos internacionais do sul do país, basta recordar José Rufino, Veiga Trigo, Rosa Santos, José Pratas, António Rola. E tantos arbitros espalhados por todas as divisões.
Beja e Évora chegaram a ter mais internacionais que Porto e Lisboa. Belos tempos...

Hoje em dia o Futebol profissional não se joga em todo o país, também os clubes do sul caíram.

Todo o poder futebolistico está no centro - norte.

Para quando teremos outra vez um clube alentejano nas provas profissionais? É bom sonhar... mais fácil será lá colocar um árbitro, mas até essa missão nao se afigura fácil.

Deixo aqui uma sugestão, a AFAlgarve, a AFBeja e a AFÉvora que se unam em questão de arbitragem, não andem a bater-se ano após ano uns nos outros, e sempre a descerem vários árbitros do sul. No norte está tudo aliado e conseguem lá manter mais árbitros assim. Temos que aprender qualquer coisa com eles...

Árbitro.

27 de junho de 2007 às 22:29  

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