quarta-feira, 8 de outubro de 2008

ARTIGO DE OPINIÃO DE JOSÉ GUERRA (1)

Aproveitando a remodelação da minha página na Internet, assim como a colaboração que encetei com o Blog “Apito de Lata”, do árbitro Luis Godinho de Borba, que tive o prazer de conhecer pessoalmente há dias e do qual fiquei com as melhores impressões, deixo aqui o primeiro artigo da nova secção Artigos de opinião deste site.A partir de agora, todas as semanas, em combinação com o Luis Godinho publicarei aqui um artigo, se possível mais ou menos a condizer com o que vi ou foi dito na imprensa dos árbitros e dos seus desempenhos nos grandes jogos do fim-de-semana.
Dei a conhecer ao Luis o meu pequeno álbum com artigos escritos na imprensa desde 1940 até hoje 2008 – 68 anos, onde estão aproximadamente 60 a 70 mil páginas, entre elas, alguns artigos fabulosos escritos por grandes árbitros, seus dirigentes e jornalistas, do melhor que havia nas décadas de 40-50-60-70-80.
Foi indo ao fundo do álbum que, para iniciar esta semana, tinha já escolhido os dois artigos apresentados em baixo, fabulosos, para desejar boa sorte a todos os árbitros do meu conselho, e não só, e que este fim-de-semana vão iniciar os campeonatos regionais.
Para os mais novos, e não só, deverão ler com atenção para ficarem a saber que as leis que vão aplicar já estavam feitas, ainda eu não tinha nascido e já tenho 72 anos. Não foram os dirigentes de agora, como podereis verificar nos artigos, mas sim os dirigentes de outrora, que não eram nada parvos … mesmo sem electrónica.
Se o senhor F. C. Ribeiro dos Reis, o Senhor Gameiro Pereira, o mestre Cândido de Oliveira e o colega Hermínio Soares - que ainda tive o prazer de ver actuar aqui na cidade de Évora e, se calhar de lhe chamar nomes - cá voltassem não acreditariam nestes acontecimentos. A publicação destes dois artigos é um alerta e uma homenagem para que todos os árbitros e seus dirigentes não se esquecerem que Portugal era um país respeitado, em leis de arbitragem, por todo o mundo. Hoje a arbitragem de Portugal é pouco credível, conhecida pelo mundo fora pela negativa.
No passado Domingo, dia 28 de Setembro, com um Derbie Regional da 3ª divisão na cidade museu, entre o Juventude e o Lusitano, fui assistir com alguma preocupação porque sou contra estas nomeações. Estive também na de Reguengos – Lusitano de Évora, também para 3ª divisão e não me posso alongar mais, pois se o fizesse seria muito duro, por isso aguardemos melhores dias.
Julgo que os dirigentes da arbitragem devem saber que correm nos tribunais deste país ainda julgamentos do apito dourado. Os dirigentes tem o dever do bom senso, de os defender com unhas e dentes e não de atirá-los às feras. Ninguém acredita nestas nomeações.
Primeiro: Não estão em causa os árbitros que foram nomeados para os derbies de Reguengos nem de Évora. São homens com nove anos de arbitragem, estão na 3ª divisão com provas dadas como podiam estar na 2ª ou na 1ª ou em qualquer parte do mundo a dirigir um jogo. A bola é igual, o campo é igual, as leis são iguais em todo o mundo, portanto devia só haver um pouco de bom senso de quem manda.
Aqui mandaram mal…Segundo: Sobre o jogo que vi no Sanches de Miranda, com um trio de arbitragem que já tinha visto na 1ª jornada da 3ª divisão a minha apreciação é igual à que vi em Rio Maior. É um jovem, professor primário de formação, que não pode pensar que já sabe tudo. Tem que se aperfeiçoar bastante na dualidade de critérios. As leis têm que ser iguais para os dois clubes. Quanto ao lance polémico no jogo, no golo invalidado ao Juventude, ele é o juiz soberano sendo firme na sua decisão. Foi pena a sinalética, com o auxiliar do lado do peão, não bater certo.
Quanto a mim foi a falha mais grave do lance. Eu não estou em condições de dar opinião, o delegado ao jogo dará o seu parecer, bom ou mau.Foi um jogo igual ao do Reguengos – Lusitano, que tive o prazer de assistir, com uma correcção de alto nível feita por todos os intervenientes nas partidas.
A caneta que escreve a castigar os jogadores também tem que escrever àqueles que se portam bem. O capitão do Juventude foi de uma correcção extraordinária e ajudou-o bastante, junto ao banco do Juventude, aquando do polémico lance. Foi um grande capitão e só ele acalmou dirigentes, colegas e jogadores. Se mencionou alguma coisa no boletim do jogo, muito bem. Se não mencionou nada, para mim fez mal.

José Guerra

5 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Ola Boa tarde!

Fico feliz por saber k há bons criticos de arbitragem, uns mais conscientes outros nem tanto, mas eu também às vezes não o sou!

O jogo foi fácil todos os intervenientes no final me deram os parabéns e tive muito orgulho de arbitrar o derby da minha cidade, onde nasci, cresci e regresso regularmente.

Parabéns Sr. guerra pela sua página e irei aceitar sempre as suas criticas construtivas ou quando forem destrutivas e ignorantes, como por exemplo um jogo não se poder realizar porque a camisola do guarda redes é igual à da equipa de arbitragem.

Nós neste mundo temos de estar receptivos a todas elas..

Grande abraço ao sr Guerra e ao apito de lata, continuem...

Abraço Gato

8 de outubro de 2008 às 18:19  
Anonymous Anônimo disse...

Boas a todos!

Sendo eu uma pessoa que me considero com alguma experiência devido aos longos anos de arbitragem nacional, não queria deixar de comentar e aconselhar o APITO DE LATA para ter cuidado aos artigos que publica no seu blog, porque podem não ter a credibilidade, que este blog nos tem habitudo especialmente quando fala de um colega do nosso Conselho e um valor que pode surpreender dentro de poucos tempos pela sua performance e forma de estar no mundo da arbitragem.

Acerca do jogo parabéns Joaquim, continua, especialmente com a coragem que demonstras-te à tua cidade!

Um abraço a todos os visitantes deste blog

8 de outubro de 2008 às 18:39  
Anonymous Anônimo disse...

Para não ser muito "duro", apenas gostaria de deixar uma pergunta no ar ...

Que mal fez a arbitragem eborense ao Sr. José Guerra ?

Cumprimentos a todos.

Pedro Mansinho

8 de outubro de 2008 às 23:23  
Anonymous Anônimo disse...

Reformulo a questão do comentário anterior.

Que mal fizeram os árbitros ao Sr. José Guerra?

Pedro Mansinho

8 de outubro de 2008 às 23:30  
Anonymous Anônimo disse...

Gostaria também de deixar a minha humilde opinião acerca de alguns pontos abordados neste texto de opinião, e também eu dar o meu ponto de vista sobre a situação.
Discordo completamente que hoje os árbitros portugueses sejam pouco crediveis ou sejam vistos de forma negativa pelo mundo fora,temos árbitros com maior ou menor qualidade, mas temos um conjunto de árbitros internacionais que não foi prejudicado por os acontecimentos que se viveram com o apito dourado, que no fundo acabou mais por ser o processo dirigente dourado. Penso que o bota abaixo a que se tem submetido a arbitragem portuguesa não pode esqueçer que apesar de tudo nos ultimos anos, a mesma tem vindo a melhorar, ainda que possivelmente a niveis mais baixos que no resto da europa, e sobretudo na europa de leste onde começam a surgir grandes valores. Contudo, como costume da nossa sociedade, desdenhamos daquilo que temos, e desaproveitamos as qualidades fantásticas que possuímos.
Discordo também da opinião de que estas são nomeações mal feitas..as nomeações hoje não são feitas com base em proteccionismos ou bons sensos, mas sim com base na competência, isenção e imparcialidade do árbitro escolhido (ou assim deveriam ser), e na minha opinião, se foram estes os arbitros escolhidos para apitarem as equipas do seu distrito certamente reunem todas as condições para o fazer, pois num universo de 140 arbitros todos partem em pé de igualdade e de circunstâncias. È certo, há que ter cuidado, um pouco de bom senso, concordarei, mas sempre fui da opinião que os grandes árbitros descobrem-se nas grandes provas de fogo, e pelo que vi, e tenho visto nos ultimos anos, não vi melhores arbitragens nestes derbies que as praticadas pelos nossos arbitros..conhecer, sentir e ter a essência que um jogo deste calibre significa, para mim, vale muito mais do que excluir o árbitro por ser da terra, ou correrem ditos e determinados processos.
Para terminar, estive também eu presente nos dois jogos supracitados na condição de colega, e o que posso dizer é que saí orgulhoso, e com a plena consciencia que nos dias de hoje, a arbitragem de èvora, vai no bom caminho, como tão sabiamente os dois Joaquins deste concelho demonstraram nos dois jogos, esperemos pois que no final da época tenhamos mais uma vez razões para sorrir ao ver a classificação dos nossos árbitros.
Esta é a minha opinião.

9 de outubro de 2008 às 12:02  

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