quarta-feira, 22 de outubro de 2008

ARTIGO DE OPINIÃO DE JOSÉ GUERRA (3)

RESPOSTAS

Vou iniciar as minhas respostas pelo meu amigo Pedro Mansinho, que teve a coragem de se identificar, já que os outros comentadores se apresentaram como anónimos.
Em primeiro lugar os meus agradecimentos pela sua crítica ao meu artigo. Não acreditei que ele fosse seu. Como nos conhecemos, sabe bem que eu tenho dois amores nestas andanças do desporto – a arbitragem e o meu Benavilense. Este último estava, em 2003, na Terceira Divisão Nacional, período no qual fui relações públicas e delegado aos jogos, fazendo diligências nos jogos para que os árbitros que visitaram a minha terra nunca tivessem problemas.
Reli várias vezes o seu comentário e não encontrei, na minha cabeça, sentido para aquela frase “Que mal fizeram os árbitros ao Sr. José Guerra?”. Mas vou tentar responder-lhe.
O mal que os árbitros me fizeram foi o seguinte:
Quando o árbitro, professor Gato, foi a Rio Maior, eu estava nas Caldas da Rainha, com a minha filha e os meus netos, e deixei-os para ir vê-lo actuar. Fiz 40 Km, o que a 20$00 cada totaliza 800$00 (não gosto de euros). Depois fui a Reguengos, ver o Ravasqueira no Reguengos-Lusitano o que totaliza, a 20$00 vezes 50Km, 1000$00.
Depois fui a Elvas ver o árbitro Belmonte tendo percorrido 200 Km, o que aos mesmos 20$00, são 4.000$00. Agora estou a aguardar que o Ravasqueira e o Belmonte vão ao Crato onde espero estar lá para vê-los.
Como vê, amigo Pedro, só um “parvalhão como eu é que faz isto pela arbitragem. Está esclarecido?
Pedro, não acredito que aquelas palavras sejam suas. Ou o computador não estava bom ou então estava a dar os biberões aos meninos enquanto escrevia. Haverá, de entre os seus quatro colegas que comentaram asperamente o meu artigo, algum que tenha gasto, alguma vez, algum cêntimo em prol da arbitragem eborense, sem qualquer interesse directo para eles?
Para o árbitro Joaquim Gato vou começar por lhe agradecer as elogiosas palavras que fez ao meu pequeno comentário, aquele que lhe fiz relativamente ao jogo Juventude-Lusitano, assim como ao jogo que apitou em Rio Maior a que tive o prazer de assistir e dar-lhe a minha opinião, naquela altura, acerca da sua actuação. Considerou-me, no entanto, ignorante. Nos 207 jogos que realizei, desde 1965 até 1978, em todos os escalões nacionais (totalizando 310 horas, 18630 minutos, 1.030.400 segundos ou 1680 Km dentro de quase todos os campos deste país), muitos nomes e ofensas ferozes ouvi assim como aos meus familiares. Desculpei-lhes porque, com certeza, antes de ser árbitro fiz o mesmo, também lhes chamei alguns disparates, porque não há nenhum árbitro no mundo que não erre. Mas o termo que o senhor professor Gato escolheu e do qual me apelidou – ignorante – digo-lhe já que nunca ouvi. Tive sorte! Provavelmente os professores, na época, não iam à bola. Agora ambicionam ser Árbitros de futebol.
Sobre a observação que lhe fiz no jogo em Rio Maior, no caso da camisola, não lhe disse que o jogo não se poderia realizar. O que lhe disse é que o Guarda Redes não podia jogar com a camisola, igual à do árbitro. Um deles teria que mudar. Foi assim que aprendi (ver lei IV).

Também quando exerci funções de director e relações públicas da Sociedade Recreativa Benavilense, na 3ª Divisão Nacional, sempre que era delegado ao jogo, ao entregar os cartões aos árbitros, levava sempre as três camisolas de guarda redes. A um colega de Lisboa, Nuno Afonso, levei-lhe as camisolas, entre elas uma preta, ao qual me respondeu de imediato “com esta não joga, eu é que vou de preto. No entanto se quiser jogar poderá fazê-lo ficando sujeito a uma multa de 25 a 50 contos”.
O senhor professor aqui “borrou as botas” porque, provavelmente, não sabia que tinha que pedir as camisolas aos delegados. Não sei se pediu ou não mas julgo que os delegados do Sintrense e do Rio Maior também não as deveriam ter levado. Não soube mas como não é ignorante não lhas pediu nem se apercebeu que o guarda redes esteve de preto durante 90 minutos. Isto não é ignorância, é esperteza!Existem, certamente, muitos ignorantes neste mundo. No seu jogo estava lá pelo menos um. Ficamos por aqui…
Como só se apercebeu do facto quando eu lhe disse, no final do jogo, junto-lhe, para consulta na minha página, algumas fotocópias de alguns livros pelos quais estudei quando tirei o meu curso, onde já se referia que o guarda redes não pode jogar com camisola igual à do árbitro. Como vê, ainda o senhor não tinha nascido e já eu era ignorante tendo sido, talvez, com essa ignorância que cheguei à 1ª Divisão nacional. E o senhor? Chegará lá? Foi pena o jogo não ter delegado porque aí logo se veria.

Sobre o jogo de Évora, sou a informá-lo que vou publicar na minha página as observações que fiz, no caso do comportamento do capitão do Juventude, que considerei impecável a todos os níveis. Com a devida vénia vou também colocar lá um artigo publicado no jornal “A Bola”, em 15 de Março de 2003, intitulado “O Capitão”, escrito pelo meu grande amigo Cruz dos Santos, padrinho da minha estreia na 1ª Divisão Nacional em jogo entre a Académica e o Guimarães realizado em 19 de Outubro de 1969. Nele são citados os deveres de todos os capitães de equipa deste país, de que forma se devem comportar.

Como já referi algures, a última ao amigo Pedro Mansinho, tenho dois amores dentro do desporto – a arbitragem e o meu Benavilense – por isso este dia, o da minha estreia, nunca será esquecido, assim como o dia em que Cruz dos Santos publicou este artigo onde, no mesmo Jornal “A Bola” fez, na minha terra, uma entrevista aos meus colegas de direcção sobre a subida à 3ª Divisão do Benavilense. A estes dois momentos juntarei o do ignorante e irão comigo para o céu.

Senhor professor, também lhe fiz uma nota sobre a necessidade do senhor se aperfeiçoar na dualidade de critérios. Deixo-lhe, para visita na minha página, um artigo que não via há 48 anos, mas que me esforcei por encontrar cá no meu pequeno “museu”. Estavam debaixo das 60.000 páginas que cá tenho. Mas valeu a pena encontrá-los. Sublinhei algumas partes para o senhor professor Gato saber que o ignorante quando fala sabe o que diz. Não ligue aos profetas da desgraça. Regule-se pela sua cabeça porque, de facto, ser árbitro de futebol é muito complicado.

Convido-o ainda a visitar, no meu sítio Internet, a minha pequena biografia, no espaço Galeria, para que o Senhor possa mostrá-la aos seus alunos dizendo-lhes que, apesar de ignorante, fiz uma carreira da qual tenho muito orgulho e que muitos ficarão aquém.Por hoje vou ficar por aqui.

Para a semana há mais...

13 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Julgo que esta errado o facto de haver exclusividade neste blogue.O Sr.Guerra, com todo o respeito, tem que saber ouvir as opiniões dos outros e não pode falar como se fosse o rei e senhor da arbitragem que sabe tudo.De todas as comentários que aqui tenho lido, a esmagadora maioria são críticas.Não ha arbitros bons??ou so em 1900 e troca o passo no tempo da idade da pedra é que os havia??
Estive no campo do juventude qd o meu grande amigo Gato arbitrou o derby de Evora e ninguem da arbitragem viu dualidade de criterios, so o senhor.
Talvez o senhor, em vez de consultar a sua biblioteca museu enorme necessite de se actualizar.
Se o Sr. Guerra é uma pessoa tao entendida nas leis de jogo, eu ate fico curioso quando as pessoas fogem de si para nao levarem uma grande seca e nao ouvirem disparates que sao bradar aos ceus.E isto é geral"fujam que ele vem aí"....
Se é tao bom como diz ser,ou foi, não necessita de dizer constantemente que foi arbitro do 1º escalao e muito menos por em causa o arbitro joaquim gato e se alguma vez ele chegara onde você chegou, nao tem esse direito.Falta de Humildade?
Se anda revoltado com a arbitregem, nao venha descarregar cosntantemente nos arbitros e questione se porque anda sozinho nessa luta que tanto aclama que so o SR guerra conhece.


Saudaçoes, arbitro dourado.

22 de outubro de 2008 às 13:07  
Anonymous Anônimo disse...

Grande Sr. José Guerra!!!

Dê-lhe com alma, aquilo a que já nos habituou! Parabéns!

22 de outubro de 2008 às 13:21  
Anonymous Anônimo disse...

Boa Tarde a todos!

Apenas escrevo aqui para o Exmo Sr. Guerra, ou, para outro qualquer visitante se assim o desejar de procurar o significado da palavra "ignorante"!

Exmo Sr José Guerra referi-me no comentário que pelos vistos tanto o ofendeu, (e por isso as minhas sinceras desculpas, pois não o conheço de lado nenhum, à excepção de termos falado duas ou três vezes) à palavra ignorante, tal e qual como o seu significado e não ao termo calão que se calhar o Exmo Sr. José Guerra pensou.

Isto porque não há pessoa nenhuma no mundo que não seja ignorante, pois ignorante na sua primeira sinonimia, aparece como "pessoa sem conhecimento no assunto".

Referi-me concretamente à situação de um jogo não se poder realizar por a camisola do guarda redes ser igual à da equipa de arbitragem.

Mas como o Código Deontológico pelo qual nós árbitros nos regemos me permitir falar acerca de situações de jogos meus após as entidades competentes receberem o meu relatório de jogo, posso dizer-lhe que sempre que um guarda redes não tenha alternativa de mudar de cor de camisola, o árbitro tem a obrigação de relatar os factos no seu relatório de jogo, e o jogo deve ser dado!

Se estiver enganado agradeço que me apresente o documento que diga o contrário!

Digo ainda que se o Exmo. Sr. José Guerra teve o mérito de chegar à primeira categoria, foi porque nessa época (por ignorância não sei em que época foi) foi o melhor.
Eu não o sou, mas tento ser, disso pode ter a certeza!

Com os mais sinceros cumprimentos a todos os visitantes.

Joaquim Gato

22 de outubro de 2008 às 18:28  
Anonymous Anônimo disse...

Informo que as nomeações para o fim-de-semana de 25 a 26 do 10 de 2008, já foram feitas, podendo quando possivel postá-las neste blog...

Força Apito de Lata...Um grande blog...

22 de outubro de 2008 às 18:42  
Blogger António Prates disse...

Como ando a conhecer os Blog`s que vão estar presentes no Encontro de Borba, quero felicitar este espaço e peço permissão para adicionar o teu blog à lista de blog`s que tenho no meu lugar virtual.

http://antonioprates.blogspot.com/

Um abraço e até dia nove...

22 de outubro de 2008 às 23:28  
Anonymous Anônimo disse...

Permitam-me que comente mais uma vez o artigo de opinião do Sr. José Guerra.

A pergunta que deixei no meu comentário anterior, é mesmo da minha autoria, foi colocada em consciência, do meu computador que está a funcionar na plenitude e numa altura em que os meus 3 queridos filhos já estavam a dormir, se é que isso é importante para a valorização do comentário e da opinião transmitida, e que nada têm a ver com arbitragem.

Se o meu comentário foi considerado ofensivo, só posso lamentar a sua interpretação, uma vez não era esse o objectivo, pois quando consulto e uso este espaço, não o faço para lavar roupa suja nem para criar qualquer tipo de especulação, e muito menos para por em causa o respeito mutuo que penso ter com todos aqueles que fazem parte deste universo, até porque me identifico sempre que emito uma opinião, não o fazendo mais vezes por achar que alguns tipos de comentários do blogue não são próprios, para além de me incomodar o seu anonimato.

A questão que coloquei ao Sr. José Guerra não é mais nem menos que a mesma ideia que lhe transmiti pessoalmente quando há dias nos encontrámos no Intermarché e que após uma série de afirmações suas que não achei adequadas, lhe disse: “O Sr. Guerra parece que anda zangado com os árbitros…”.

Antes de mais quero esclarecer que nunca foi nem será minha intenção colocar minimamente em causa qualquer tipo de competência e de capacidade de um ‘colega de luta’, ainda para mais de alguém que contribuiu e tem contribuído, à sua maneira, para elevar os desígnios da arbitragem em geral, como é o caso do Sr. José Guerra.

No entanto, podemos ter opiniões divergentes e visões diferenciadas da realidade da arbitragem actual.

Voltando ao artigo de opinião, não consegui perceber a justificação do Sr. José Guerra ao meu comentário, uma vez que parece querer resumir a uma questão monetária o facto da sua opinião sobre os árbitros e sobre a arbitragem não ser a mais favorável.
Continuo sem entender o porquê de tanta austeridade.

Meu caro amigo Guerra faço votos para que continue a desenvolver o seu meritório trabalho, demonstrando um sinal de vitalidade louvável.

Cumprimentos,
Pedro Mansinho

23 de outubro de 2008 às 00:07  
Blogger Leonel Craveiro disse...

Estou bastante surpreendido, pela positiva, pela facto de termos este espaço de reflexão e opinião cada vez mais concorrido e cada vez mais sério.
Sem anonimatos e com seriedade conseguem-se trocar opiniões e pôr em causa pontos de vista sem ofensas e com o máximo respeito. Meus amigos, é disto que a nossa arbitragem precisa, debate, opinião, comentários e criticas construtivas.
Todos somos muito poucos para levar o bom nome da arbitragem eborense à ribalta.
Boas apitadelas.
Cumprimentos.

23 de outubro de 2008 às 09:54  
Anonymous Anônimo disse...

Um abraço para os dois melhores árbitros do distrital, o sr. joaquim gato e o sr. nuno croino, que já há muito que não me cruzo com eles pelos pelados do distrito. Continuação de bom trabalho e as melhoras às canelas de um deles!

23 de outubro de 2008 às 11:00  
Anonymous Anônimo disse...

Boas tardes!

É com enorme prazer k te retribuo esse mesmo abraço... não sei onde estas a dar os pontapés na bola este ano mas da mesma forma boa sorte para ti Jorge e para a tua equipa!

Um grande abraço para ti!

Gato

23 de outubro de 2008 às 18:28  
Anonymous Anônimo disse...

Boas tardes!

É com enorme prazer k te retribuo esse mesmo abraço... não sei onde estas a dar os pontapés na bola este ano mas da mesma forma boa sorte para ti Jorge e para a tua equipa!

Um grande abraço para ti!

Gato

23 de outubro de 2008 às 18:28  
Anonymous Anônimo disse...

Boas tardes!

É com enorme prazer k te retribuo esse mesmo abraço... não sei onde estas a dar os pontapés na bola este ano mas da mesma forma boa sorte para ti Jorge e para a tua equipa!

Um grande abraço para ti!

Gato

23 de outubro de 2008 às 18:28  
Anonymous Anônimo disse...

grande jorge, os problemas na canelas ja eram... esta época estou como novo...
Ainda nos havemos de encontrar de certeza. Um abraço grande pra ti tb e continua a espalhar magia no distritalão!

Nuno Croino

23 de outubro de 2008 às 19:09  
Anonymous Anônimo disse...

Ao Sr. Joaquim Gato quero responder aos comentários que fez ao meu artigo. Em relação às desculpas que me pede sobre o assunto que tem levado ao nosso desentendimento, quero informá-lo que não as aceito. O Sr. Joaquim Gato está num país livre e tem todo o direito em não estar de acordo com as críticas que lhe fiz. Realmente não gostei da palavra. Porém sei também que o senhor não gostou das minhas, portanto estamos empatados. O assunto para mim fica encerrado. Talvez através de um grande amigo comum possamos encontrar-nos um dia para frente a frente, olhos nos olhos, debatermos este assunto

Para o meu amigo Pedro mansinho peço-lhe desculpa por falar nos seus meninos. Não foi com qualquer má intenção. Foi brincadeira! Mais uma vez as minhas desulpas..
Não sei o que acharão os visitantes desta página, e não só, das nossas palavras trocadas assim como da nossa divergência de opiniões. Quero que saiba, no entanto, que estou de acordo com os seus comentários e espero que um dia possamos falar acerca disto.

Ao autor do primeiro comentário, o Sr. Anónimo das 12:07 (22 de Outubro de 2008), que assinou como arbitro dourado e que na minha opinião escreveu um chorrilho de asneiras, desafio-o, caso não tenha rabos de palha, a identificar-se e a contar-nos se o “dourado” com que assina foi ganho no Karaté, no Atletismo ou no Futebol. Já agora se foi no futebol diga-nos também se foi com ou sem “elevador”.
Vou informá-lo que no Sanches de Miranda não estava apenas eu, mas esteve também “uma lenda” da arbitragem portuguesa que viu, tal como eu, a dualidade de critérios a que me referi. O senhor não o viu. Se quiser saber mais identifique-se.

Um abraço
José Guerra

29 de outubro de 2008 às 15:02  

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