quinta-feira, 26 de abril de 2007

COMUNICADO RELATIVO A AGRESSÃO A ÁRBITRO


1 - A APAF tomou conhecimento da bárbara agressão ao Árbitro Assistente Internacional da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, José Ramalho, ocorrida no passado fim-de-semana no decorrer de um jogo de Futebol da categoria de “Iniciados” do respectivo Campeonato da Associação de Futebol de Vila Real (Régua - Flavienses) por ele dirigido.
2 - Os actos violentos e criminosos praticados por adeptos do Clube “visitado”, aliás com a directa instigação do Presidente do Clube da casa e que culminaram, além do mais, na fractura do maxilar esquerdo do Árbitro do jogo, obrigaram o Árbitro a ser operado de urgência num Hospital, no Porto, para além de lhe causar sérios danos na sua vida pessoal, profissional e desportiva.
3 – A este tão ignóbil acto de ataque a alguém indefeso, bem como outros igualmente graves ocorridos no passado fim-de-semana, não é, naturalmente, alheio o clima de violência ocorrido recentemente num mediático jogo da SuperLiga, numa “curiosa” situação em que parece que ninguém quer assumir as culpas pelos factos ocorridos e pelas causas dos mesmos, fomentando a irresponsabilização.
4 – Por isso, os Árbitros – regionais e nacionais –, terão toda a solidariedade da APAF em relação à tomada de medidas que vierem a ser por eles tomadas e que o caso justifica, na perspectiva da sua segurança, maxime a que garanta a sua integridade física.
5 – E importa também que as autoridades, quer governamentais quer desportivas, punam, de forma adequada e justa, os autores, nomeadamente, impedindo o acesso aos campos de futebol, durante largos anos, aos adeptos violentos e aos dirigentes que os acolitam ou apoiam.
6 – Por outro lado, é fundamental e imprescindível que as agressões aos Árbitros – quando no exercício de funções – sejam, à semelhança do que já foi decretado em França há 6 meses, punidas, segundo as regras do Código Penal, de forma agravada.
7 – A APAF, por sua vez, pondera publicar no seu SITÍO da Internet todos as situações em que os Árbitros tenham sido agredidos, por forma a que todo o País desportivo fique a conhecer quais são os prevaricadores (uma larguíssima minoria) que não respeitam nada nem ninguém e que só envergonham todas as estruturas do futebo.
8 – Mas importa que, de modo preventivo, se criem na instituição futebol, de forma institucional, maiores e melhores relacionamentos entre todos os principais agentes desportivos, tais como jogadores, treinadores, árbitros e dirigentes, instituindo-se “estruturas de diálogo”, nomeadamente, através da integração dos Árbitros nas estruturas orgânicas das Associações Distritais e Regionais de Futebol.
9 – E, por isso mesmo, apela-se a que os dirigentes e os adeptos deixem os Árbitros em paz, vivendo os jogos dos seus clubes, mas com calma e serenidade.
10 - E que, antes de tudo, todos procuremos o diálogo, aberto e institucional. E o pratiquemos. Pois, se assim não for, o futebol não será um “espaço de diálogo” e um “forum de educação” mas, ao invés, será um “pântano de guerrilhas” permanentes.

Lisboa, 25.04.2007

Fonte: APAF.

1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Estas situaçoes infelizmente sao cada vez mais frequentes no nosso futebol....somos um pais de terceiro mundo no que toca a estas situaçoes...é uma quetao de maentalidade retrógada das pessoas...uma vergonha....

30 de abril de 2007 às 12:32  

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